A iluminação correta em um ambiente pode proporcionar diversos benefícios, até mesmo para a saúde física e mental. O conceito de luminotécnica vem ganhando destaque nos planejamentos residenciais, fazendo toda a diferença na hora de compor um ambiente. Com uma função que, além da beleza, também garante funcionalidade e eficiência, a luminotecnia é o estudo que proporciona melhor iluminação e aproveitamento de um local. 

Confira abaixo o conceito e como usar corretamente a iluminação em cada ambiente. 

O que é Luminotécnica?

Luminotécnica é a aplicação de estudos e técnicas específicas para o melhor planejamento da iluminação artificial de um ambiente. 

A funcionalidade da luz vai muito além de apenas clarear o ambiente. Ela também pode ser decorativa e funcional, valorizando os móveis, promovendo amplitude ao ambiente, garantindo conforto visual, sensação de aconchego e bem-estar. 

Já se sabe que as lâmpadas são multifuncionais e o projeto luminotécnico é essencial para planejar corretamente a harmonização e decoração dos ambientes. Além disso, o lighting designer pode auxiliar na eficiência energética das lâmpadas, garantindo menos desperdício e sustentabilidade. 

Veja também como a cromoterapia pode afetar o bem-estar. 

Como adequar a iluminação a cada espaço

Para compor os ambientes com a iluminação adequada, é preciso entender alguns conceitos, conforme explicaremos logo abaixo. 

Temperatura da cor

Primeiramente, a temperatura de cor refere-se à tonalidade da luz emitida. Uma luz branca pode ter tons mais vermelhos ou azuis dependendo da temperatura, que é medida em graus Kelvin e pode ser classificada em três grupos:

• Luz fria: é o tipo de luz que possui tons mais azulados e tem acima de 4000 K. Geralmente é usada em ambientes onde a concentração e a visibilidade são importantes.
• Luz neutra: é o tipo de luz que mais se aproxima da luz natural e tem, em média, 3000 K.
• Luz quente: esta luz é semelhante à que uma vela pode emitir. É o tipo de luz usada para criar um ambiente confortável, intimista e aconchegante e varia de 2400K a 2700K.

Vale lembrar que as definições acima não têm nenhuma relação com temperatura de calor e frio, são apenas sensações visuais. 

Incidência de luz

A incidência de luz é outro fator de suma importância no projeto de luminotecnia. Você sabe dizer quando a luz é direta, indireta ou difusa? 

A luz direta, como o nome sugere, é aquela que incide diretamente nos objetos. Ela pode ser decorativa e usada para destacar algum objeto específico, como uma obra de arte. A luz direta também garante funcionalidade, como as luminárias nos espaços de trabalho.  

A luz indireta é mais intimista e indicada para ambientes que não demandem muita percepção visual. Para ela, é necessária uma superfície que promova o rebatimento do fluxo luminoso, garantindo que a luz do ambiente seja fornecida indiretamente. 

Por fim, a iluminação difusa é a mais comum e é aquela em que uma fonte de luz fica centralizada no ambiente, garantindo uma iluminação uniforme e ampla.

Como planejar o projeto de iluminação para sua residência

Fazer o projeto de iluminação correto para sua residência garante que ela terá os níveis de luz certos para cada espaço, conferindo praticidade, aconchego e bem-estar. Além disso, a luminoctenia promove atmosferas específicas e diferentes em cada espaço.

Um projeto de a iluminação deve considerar aspectos como:

• cumprimento dos níveis de iluminação;
• controle de brilho;
• pontos brilhantes;
• uniformidade da luz;
• eficiência energética;
• resultado estético e decoração.

Para fazer um projeto de iluminação, é preciso considerar alguns fatores como o tipo de espaço, as cores das paredes, os tetos e pisos, as luminárias que serão utilizadas, entre outros. Com isso em mente, é o momento de determinar quais serão as temperaturas das cores e a incidência da luz, visando o máximo de conforto, funcionalidade e estética.

Lembre-se que, quando falamos em luminotécnica, também estamos falando de sombras. Isso porque, a luz excessiva também é um problema e pode ser desconfortável para os moradores. Aliás, é justamente o jogo e os contrapontos de luz e sombra que valorizam objetos, indicam caminhos e atraem o olhar. 

Dicas de iluminação para cada ambiente

Cada ambiente residencial pode ter um projeto de iluminação diferente. Confira algumas dicas:

• Quartos e sala de TV: o ideal é iluminação de baixa intensidade, com luzes indiretas ou difusas.
• Cozinha: luzes difusas no ambiente. Já nas bancadas de trabalho e manuseio, vale priorizar lâmpadas de maior intensidade que não projetam sombra.
• Home Office: a luz mais indicada é a indireta quando as atividades são realizadas em computadores. Já quando as atividades são manuais e de precisão, o ideal é acrescentar a luz direta.
• Banheiro: no chuveiro ou na banheira, o ideal é uma luz suave para tranquilizar. Já no local do espelho, a melhor opção é uma luz geral indireta ou difusa de cima para baixo e uma luz difusa de frente. Aliás, a luz noturna também pode ser usada com um balizador e indicador do caminho ao acordar no meio da noite.

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