7 de março de 2024 blog

Mulheres na arquitetura: 5 influências delas em estilos e movimentos

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Descubra como as mulheres estão moldando o cenário arquitetônico, superando desafios e conquistando cada vez mais espaço

As mulheres representam hoje a maioria na área da arquitetura, atuando ativamente no mercado, com um posicionamento claro e ideias inovadoras. Cada vez mais nomes femininos têm conquistado reconhecimento e transformado a arquitetura, o design e os espaços urbanos, pavimentando o caminho para jovens arquitetas. 

Atualmente, as mulheres constituem 63% dos profissionais da arquitetura e tendem a dominar ainda mais o mercado nos próximos anos. Esses números são revelados em um levantamento realizado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, que indica uma presença feminina de 73% na faixa etária dos 30 anos. Ao longo dos anos, várias mulheres na arquitetura têm aberto novos caminhos, como Marion Mahony, reconhecida como a primeira mulher arquiteta do mundo e integrante do movimento Prairie School

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, separamos cinco principais tendências que marcam a presença das mulheres na arquitetura.

1 – Combinar elementos de diferentes estilos

Obra-prima da arquiteta Lina Bo Bardi é um marco na arquitetura nacional / Créditos: Pixabay

A habilidade das mulheres na arquitetura de combinar elementos de diferentes estilos é verdadeiramente notável. No Brasil, Lina Bo Bardi é um nome importante quando se trata da fusão entre o moderno e o popular. O MASP, o Sesc Pompeia e a Casa de Vidro são alguns dos projetos que marcaram sua história.

Essa capacidade de transitar do clássico ao contemporâneo, do tradicional ao moderno, não apenas reflete a versatilidade das mulheres, mas também contribui para a riqueza e diversidade arquitetônica em todo o mundo.

2 – Unir geometria e fluidez

Centro Heydar Aliyev é reconhecido por mesclar geometria e fluidez, marcas de Zaha Hadid / Créditos: Iwan Baan

Algumas mulheres estão revolucionando a perspectiva do observador e desafiando as convenções arquitetônicas. Ao desafiar as normas tradicionais, arquitetas visionárias buscam inspiração em elementos inimagináveis para criar edifícios fantásticos.

A arquiteta iraquiana-britânica Zaha Hadid ficou conhecida por sua arquitetura intensamente futurista, caracterizada por fachadas curvas, ângulos agudos, linhas impulsivas e materiais severos como concreto e aço. Seu trabalho pioneiro a tornou a primeira mulher a receber o Prêmio Pritzker em 2004. 

3 – Repensar design habitacional 

A influência feminina na arquitetura se destaca ainda mais quando abordamos o design habitacional. Enquanto consideram aspectos práticos e estéticos, as arquitetas contribuem para a criação de espaços residenciais mais funcionais, sustentáveis e acolhedores. 

Ao pensarmos na otimização do espaço, consciência social e acessibilidade, os projetos da arquiteta modernista britânica Jane Drew logo vêm à mente. Ela desempenhou um papel fundamental na construção de conjuntos habitacionais na Índia, que provocaram uma transformação significativa no cenário das moradias no país.

4 – Aliar verticalização à sustentabilidade

Aqua Towers, com 242 metros de altura, é obra mais conhecida de Jeanne Gang / Créditos: Victor Delaqua

Mulheres arquitetas lideram projetos inovadores, combinando prédios altos com práticas sustentáveis. Um exemplo é Jeanne Gang, uma das arquitetas mais reconhecidas da América do Norte e a primeira mulher no mundo a desenhar um arranha-céu.  

Elas buscam soluções que respeitem o meio ambiente, utilizando tecnologias eco-friendly e materiais sustentáveis. Essa abordagem inovadora possibilita que o crescimento urbano seja sustentável. 

5 – Explorar a criatividade e fomentar o pensamento inclusivo

A habilidade de ultrapassar limites predefinidos tem permitido às mulheres na arquitetura deixar uma marca duradoura, inspirando futuras gerações. Um exemplo notável é Elizabeth Diller, uma arquiteta americana famosa por apresentar uma abordagem experimental e inovadora na arquitetura e no design.

Liz é uma das mulheres na arquitetura que explora o potencial da tecnologia e materiais inovadores. Um dos seus destaques foi o projeto na antiga ferrovia que foi transformado no parque suspenso High Line em Nova York. A inovação pode, de fato, assumir formas diferentes, mas na maioria dos casos ela surge de uma certa necessidade.

A presença das mulheres é sinônimo de criatividade e inovação. Ao explorarem novas ideias, formas e materiais, as arquitetas desempenham um papel fundamental na definição de tendências e na criação de espaços que desafiam as convenções. 

Valorizar a diversidade de perspectivas e talentos é crucial para promover um setor mais rico e dinâmico. Com o tempo, espera-se que a representação feminina na arquitetura alcance não apenas números expressivos, mas também um reconhecimento pleno e justo.

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