Mulheres na arquitetura: 5 influências delas em estilos e movimentos
As mulheres representam hoje a maioria na área da arquitetura, atuando ativamente no mercado, com um posicionamento claro e ideias inovadoras. Cada vez mais nomes femininos têm conquistado reconhecimento e transformado a arquitetura, o design e os espaços urbanos, pavimentando o caminho para jovens arquitetas.
Atualmente, as mulheres constituem 63% dos profissionais da arquitetura e tendem a dominar ainda mais o mercado nos próximos anos. Esses números são revelados em um levantamento realizado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, que indica uma presença feminina de 73% na faixa etária dos 30 anos. Ao longo dos anos, várias mulheres na arquitetura têm aberto novos caminhos, como Marion Mahony, reconhecida como a primeira mulher arquiteta do mundo e integrante do movimento Prairie School.
Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, separamos cinco principais tendências que marcam a presença das mulheres na arquitetura.
1 – Combinar elementos de diferentes estilos
A habilidade das mulheres na arquitetura de combinar elementos de diferentes estilos é verdadeiramente notável. No Brasil, Lina Bo Bardi é um nome importante quando se trata da fusão entre o moderno e o popular. O MASP, o Sesc Pompeia e a Casa de Vidro são alguns dos projetos que marcaram sua história.
Essa capacidade de transitar do clássico ao contemporâneo, do tradicional ao moderno, não apenas reflete a versatilidade das mulheres, mas também contribui para a riqueza e diversidade arquitetônica em todo o mundo.
2 – Unir geometria e fluidez
Algumas mulheres estão revolucionando a perspectiva do observador e desafiando as convenções arquitetônicas. Ao desafiar as normas tradicionais, arquitetas visionárias buscam inspiração em elementos inimagináveis para criar edifícios fantásticos.
A arquiteta iraquiana-britânica Zaha Hadid ficou conhecida por sua arquitetura intensamente futurista, caracterizada por fachadas curvas, ângulos agudos, linhas impulsivas e materiais severos como concreto e aço. Seu trabalho pioneiro a tornou a primeira mulher a receber o Prêmio Pritzker em 2004.
3 – Repensar design habitacional
A influência feminina na arquitetura se destaca ainda mais quando abordamos o design habitacional. Enquanto consideram aspectos práticos e estéticos, as arquitetas contribuem para a criação de espaços residenciais mais funcionais, sustentáveis e acolhedores.
Ao pensarmos na otimização do espaço, consciência social e acessibilidade, os projetos da arquiteta modernista britânica Jane Drew logo vêm à mente. Ela desempenhou um papel fundamental na construção de conjuntos habitacionais na Índia, que provocaram uma transformação significativa no cenário das moradias no país.
4 – Aliar verticalização à sustentabilidade
Mulheres arquitetas lideram projetos inovadores, combinando prédios altos com práticas sustentáveis. Um exemplo é Jeanne Gang, uma das arquitetas mais reconhecidas da América do Norte e a primeira mulher no mundo a desenhar um arranha-céu.
Elas buscam soluções que respeitem o meio ambiente, utilizando tecnologias eco-friendly e materiais sustentáveis. Essa abordagem inovadora possibilita que o crescimento urbano seja sustentável.
5 – Explorar a criatividade e fomentar o pensamento inclusivo
A habilidade de ultrapassar limites predefinidos tem permitido às mulheres na arquitetura deixar uma marca duradoura, inspirando futuras gerações. Um exemplo notável é Elizabeth Diller, uma arquiteta americana famosa por apresentar uma abordagem experimental e inovadora na arquitetura e no design.
Liz é uma das mulheres na arquitetura que explora o potencial da tecnologia e materiais inovadores. Um dos seus destaques foi o projeto na antiga ferrovia que foi transformado no parque suspenso High Line em Nova York. A inovação pode, de fato, assumir formas diferentes, mas na maioria dos casos ela surge de uma certa necessidade.
A presença das mulheres é sinônimo de criatividade e inovação. Ao explorarem novas ideias, formas e materiais, as arquitetas desempenham um papel fundamental na definição de tendências e na criação de espaços que desafiam as convenções.
Valorizar a diversidade de perspectivas e talentos é crucial para promover um setor mais rico e dinâmico. Com o tempo, espera-se que a representação feminina na arquitetura alcance não apenas números expressivos, mas também um reconhecimento pleno e justo.
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