Outubro rosa: a prevenção é sempre o melhor remédio
Outubro é o mês de conscientização contra o câncer de mama. Neste Outubro Rosa, portanto, aproveitamos para falar sobre a importância de um diagnóstico preciso e antecipado para evitar o desenvolvimento da doença. Segundo estudos da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), as taxas de detecção precoce do câncer de mama ficam entre 5% e 10%.
Como a campanha surgiu?
A campanha Outubro Rosa foi criada pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, no início da década de 90, para que mulheres do mundo todo se conscientizassem e fizessem exames preventivos.
No Brasil, o INCA (Instituto Nacional de Câncer), que participa do movimento desde 2010, produz todos os anos muito material de orientação e organiza eventos sobre o tema, sempre focando na prevenção, na importância do diagnóstico e nas informações para a sociedade médica e a população em geral sobre o câncer de mama e, mais recentemente, sobre o câncer do colo do útero.
O câncer de mama em números
O câncer de mama é o tipo de tumor mais presente entre mulheres brasileiras e representa quase 25% de todos os tipos de câncer diagnosticados. Justamente por isso, podemos enxergar um cenário bastante preocupante, afinal, é o tipo de câncer que mais mata as mulheres.
No ano passado, quase dois milhões e meio de mulheres no mundo todo receberam o diagnóstico de câncer de mama. No Brasil, estima-se que quase oito mil casos tiveram alguma relação direta com fatores comportamentais como:
- Abuso de bebidas alcoólicas;
- Obesidade;
- Sedentarismo.
O número representa 13% dos 64 mil casos novos de câncer de mama em mulheres com 30 anos e mais, em todo o País, de acordo com dados do INCA.
Compromisso com o futuro
A Organização das Nações Unidas, por meio dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, estabeleceu a meta de reduzir em um terço as mortes prematuras por doenças crônicas não transmissíveis, entre elas, o câncer de mama. Segundo o INCA, em 2019, o Brasil registrou mais de dezoito mil mortes por câncer de mama e as projeções até 2030 apontam para a estabilidade de 30% das taxas de mortalidade entre mulheres de 30 a 69 anos, mas ainda estão bem distantes das metas estabelecidas pela ONU.
Prevenir hoje e sempre
Formado pela multiplicação desordenada de células anormais da mama, o câncer de mama é um tumor com potencial de invadir outros órgãos. Ele pode se desenvolver de forma rápida, ou lentamente, dependendo do caso. Apesar de ser um diagnóstico difícil de ouvir, é preciso calma e esperança para lidar com a doença. A maioria dos casos, quando tratados no início, apresentam um ótimo prognóstico.
Apesar de não ter uma causa específica, outros fatores também aumentam os riscos de desenvolvimento da doença:
- Idade: quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos.
- Exposição frequente à radioterapia ou a exames como tomografia, raios-X, mamografia, etc.
- Uso de contraceptivos hormonais.
- História familiar de câncer de ovário ou casos de câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos.
O segredo é realizar o auto exame sempre que possível e se consultar com o ginecologista pelo menos uma vez por ano, realizando exames preventivos. Lembre-se: quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores as chances de cura.
COMENTÁRIOS: