8 de julho de 2020 Lifestyle

Relações familiares atuais: conexão entre pais e filhos

FONTE: -A +A
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Marcos Piangers

A rotina das famílias e o relacionamento entre pais e filhos mudam constantemente, de geração em geração. Contudo, o papel dos pais segue sendo de suma importância para o desenvolvimento das crianças, como cuidadores e educadores. É dentro de casa que os pequenos recebem a primeira transmissão de histórias, tradições, valores e costumes. Na agitação do dia a dia e na agenda apertada, os pais devem sempre encontrar um espaço para criar essa conexão, que não deve ser terceirizada para a escola ou para pessoas de fora do relacionamento parental.

Atualmente, é mais comum encontrarmos pais que dividem a responsabilidade de pagar as contas, cuidar da casa e educar os filhos. Se antes os homens eram colocados como os responsáveis pelo sustento da família, enquanto as mulheres se ocupavam das atividades domésticas e da educação das crianças, hoje as funções são mais compartilhadas ou até mesmo inversas. Ainda assim, especialistas afirmam que ambos devem estar envolvidos na criação dos pequenos. É importante não focar apenas em ter uma relação com a criança, de estar presente na rotina, mas também em criar uma conexão.

Palestrante sobre criatividade, inovação e paternidade, e autor do livro best seller “O Papai é Pop”, Marcos Piangers fala sobre a importância das ligações afetivas. Enquanto os pais podem passar experiências para os filhos, eles também precisam estar abertos ao que os os pequenos podem compartilhar. “É preparar uma outra pessoa para o mundo, e o mundo para uma nova pessoa”, segundo Piangers.

Durante o isolamento social, devido à pandemia do novo coronavírus, o escritor observou mudanças nas relações familiares. “Um amigo de São Paulo, em quarentena dentro de casa com mulher e o filho, me conta que esses dias aconteceu pela primeira vez. Ao cair e se machucar, o filho pequeno levantou os bracinhos pra ele e quis colo, em vez de pedir colo para a mãe, como de praxe. Me contou chorando”, compartilha o autor.

A pandemia, na análise de Piangers, trouxe medo, dor e sofrimento, mas também fez algumas pessoas se reinventarem. “Workaholics alegres em casa, usando este período para conexão familiar e reflexões sobre mudanças no ritmo de trabalho. Adolescentes que viviam nervosos, estudando de pijamas tranquilos, sem se preocupar com o que os colegas acham de sua aparência”, explica.

O período atípico faz com que as pessoas repensem suas vidas e busquem uma nova versão de si mesmas. Especialistas reforçam cinco passos importantes para refletir, se reconectar e criar ou recuperar a conexão familiar. O primeiro é mais pessoal: conectar-se consigo mesmo, dedicando um tempo só para você. O segundo é questionar mais o que está ao seu redor, para sair de uma posição passiva e tomar atitudes positivas. O terceiro é focar menos em exigir e cobrar, e mais em incentivar, agradecer e elogiar. O quarto é sobre reservar tempo e se comprometer com relacionamentos, principalmente familiares. Por último, compartilhe sua história e julgue menos, para aceitar a opinião externa e saber lidar com realidades distintas da sua.

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